Chamou
a atenção a quantidade de torcedores brasileiros se manifestando em favor do
Uruguai em função do grande jogo contra a seleção da Inglaterra, com destaque para a atuação de Suárez, "El Matador"! Alguém chegou a
dizer que se emocionou mais com o segundo gol do artilheiro do que com os gols
do Brasil - emoção que também vivenciei. Um detalhe que deve ser salientado é
que nesse momento nenhum desses torcedores,
inclusive eu, trouxe para o primeiro plano que Suárez pegou um gancho de oito
jogos em 2012 por ofensas racistas contra Patrice Evra num jogo entre Liverpool
e Manchester United, muito menos resgatou a lembrança do Maracanaço no qual o
Brasil perdeu a Copa de 50 em casa para o Uruguai.
Seria mais fácil apontar que a memória do torcedor é curta,
mas também é possível pensar que certas questões dolorosas são superáveis
quando o prazer de viver intensas emoções no presente é abraçado plenamente
pelo coração. Eis o grande barato do futebol como esporte mais popular do
planeta, gerar a superação de traumas, preconceitos e estigmas - ou criar
outros - nem que seja por um momento fugaz, porém, de imensa intensidade. Esse
é o grande gol que não precisa ser craque para marcar, basta jogar com o coração!
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