domingo, 20 de novembro de 2011

Quem tem bolso vai a Roma...

No começo do milênio a galera jovem se empolgou com as culturas extremas que  incluíam esportes radicais como sky surf, le parkuor (interessantíssimo por conseguir dar sentido as caóticas estruturas urbanas), festas raves, e propostas mais radicais que abraçavam a possibilidade de imprimir uma marca supostamente personalíssima ( ou se preferirem, customizada) ao próprio corpo, como é o caso dos adeptos do body modification. Havia naquele período algum otimismo em relação à Cultura de Consumo como também indicavam,  as altas vendagens de livros de auto-ajuda e a busca por terapias alternativas.
 Agora, depois da crise econômica de 2008 e da que vem sendo profeticamente anunciada desde os Maias (seriam os Maias doutores em economia?) para o ano que vem por aí (aos que se decepcionaram pelo mundo não ter acabado no 11/11/11, em 2012 haverá uma nova chance), a galera jovem se contenta com os UFC da vida, uma volta a barbárie romana, que pode indicar a decadência do otimismo que abre mão de maiores elaborações e/ou sutilezas de interpretação. A galera quer sangue e pronto! Chega de luvas de pelica pra encarar o cotidiano. Nesse sentido, não é surpresa que cada vez mais se recorra a ansiolíticos e antidepressivos, (sim, essas são as drogas  mais  vendidas nos dias de hoje e mais relacionadas a casos de  dependência, para além do  crack e congêneres, apesar dos jornais geralmente indicarem em sentido contrário). Sinal dos tempos? Bem, os shoppings centers continuam cheios, cheios de vazios...