sexta-feira, 2 de maio de 2014

Cãibras no cérebro


Tenho cãibras no cérebro! Esse é um efeito de fabricação que possuo desde sempre e isso me leva a um defeito crônico.  Pra acordar,  me alongo pensando e pensando muito.  Já frequentei academia mas lá eles não ensinam esse exercício, seja academia pra exercitar o que chamam de corpo ou a academia pra exercitar aquela parte do corpo que não parece fazer parte do corpo, aquela parte que chamam de cérebro. Agora, depois desse pequeno exercício que realizei ao escrever 9 ou 12 linhas ainda na cama, as cãibras diminuíram. Vou levantar e exercitar o estômago que sente outro tipo de cãibras chamada fome.


segunda-feira, 28 de abril de 2014

Fala nariz fálico, fala!


Meu nariz de Pinóquio não me deixa mentir. Não há nada de estranho quando psicólogas emitem mensagens de autoajuda em redes sociais como se isso fizesse o mundo entrar nos eixos. Não há bizarrice alguma quando um político dito de esquerda faz uma campanha quase idêntica ao do político dito de direita. Não há o mínimo de incapacidade de reflexão crescente quando jovens acreditam que votar nas caras novas evita que se vote nas velhas idéias. Não pode haver resquício de assombro quando um estudante universitário tem dificuldades para entender um filme se este não for dublado.
Sim, meu nariz de Pinóquio não me deixa mentir. Não existe falta de senso crítico quando se atira uma banana em alguém para chamá-lo de macaco e a resposta mais sapiente que esse alguém encontra é comer a banana, principalmente quando não se tem fome e esse gesto é visto por celebridades como revolucionário. Não existe confusão crescente quando as pessoas acreditam que longas relações são sinônimos de amor verdadeiro e felicidade sem levar em conta a acomodação e o medo das novidades.
É, esse meu nariz de Pinóquio não me deixa mentir...