quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Olé!!!

Algumas pessoas tentam colocar o sofrimento de animais em touradas, rodeios, rituais de candomblé, umbanda e vodu no mesmo balaio. Há diferenças; enquanto nos dois primeiros o sofrimento de animais é perspectivado como atividade explicitamente recreativa, nos três últimos o sacrifício animal se dá em configurações místico-religiosas - e não é por não ser adepto de nenhuma religião q não vou considerar esse aspecto. Com esse parentese feito, pensemos o primeiro caso q acaba sendo business, prioritariamente. 
Jung apontou q a demanda por touradas na Espanha e no México tem a ver com a necessidade dos povos latinos (arquetipicamente mais passionais q os povos germânicos, por exemplo) mostrarem q podem controlar seu lado mais animal, em culturas propensas ao comportamento irracional, ao inconsciente. Norbert Elias apontou q os processos civilizatórios no Ocidente não seguem adiante sem espaços nos quais a violência possa ser coletivamente trabalhada.
 Ok, sendo assim, q as arenas de MMA tomem definitivamente o lugar das touradas só finalizando com a morte de pelo menos um dos lutadores no mais autêntico estilo do Império Romano. A diferença é q o sacrifício de um humano supostamente consciente dos riscos da profissão não é tão covarde quanto o de um animal q sequer tem a escolha de não estar ali. Quanto aos sacrifício de animais em rituais religiosos, será q esses são mais cruéis e evitáveis que o abate animal (principalmente nos países com menor controle sanitário) para alimentação? Olé!!!