domingo, 4 de maio de 2014

Livro

A maioria das pessoas nunca pensou seriamente em escrever um livro. Mas estar presente numa rede social é estar dando face a um livro cujo gênero não  se define facilmente. É possível que se esteja escrevendo uma história que muitos digitariam sem H, mas que na real é o maior "H". De modo geral, grande parte desses escritores faz citações que não correspondem aos autores, mas vivemos num tempo no qual o direito autoral foi pro espaço, então, muitos não ligam pra isso, até preferem assim. Os que escrevem com as próprias palavras muitas vezes só reproduzem idéias de outros mesmo que não o saibam. Nesse contexto, plágio é algo que se encontra quase que exclusivamente no dicionário.
Seguindo por essas linhas tortas, muitos livros vão sendo escritos, alguns com mais imagens do que texto, outros que inclusive não trazem contextos, só fragmentos, mas ainda assim, dizem que há um hipertexto.
Se o Dr. Punk Freud já disse que: "o vazio é o que nos preenche", é compreensível que muitos preencham as páginas de seus livros com fotos do prato de comida no no boteco da esquina que vira um restaurante chique ou de uma visita ao shopping que se torna um passeio turístico. Sim, se o vazio é o que nos preenche, esse livro que nunca receberá nenhum prêmio literário ainda assim tem tudo pra ser um best seller, principalmente entre aqueles que acham que um texto com mais de uma página é muito longo. Ao fim e ao cabo, são esses mesmos leitores que fazem da face desse livro seu próprio conteúdo.


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