quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Dando um rolê no lado de fora da invisibilidade

Num recorte social mais específico, o Rolezinho acaba sendo um desdobramento das passeatas que ocorreram em meados do ano passado. Essa maior especificidade reflete uma parcela da população que inicialmente não é identificada com a população universitária ou sindicalizada, bem visíveis naquele momento. Reflete aquela parcela da população que em grande parte está excluída das universidades e dos sindicatos, sendo mais conhecida como aquela com "potencial social" para frequentar prisões e cemitérios; os jovens negros das periferias.
 Nesse momento que a prefeitura de Salvador dificulta o acesso desses para a "zona nobre" da cidade retirando linhas de ônibus que ligavam a periferia aos bairros da Barra e da Pituba (mais uma medida de higiene social na antevéspera da Copa do Mundo) os rolezeiros já começam a se organizar para colocar a cidade no mapa da atividade política feita não por militâncias consolidadas, mas por pessoas que não querem mais estar
condenadas à sombra da invisibilidade social.




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