sábado, 2 de abril de 2011

Diante da Esfinge

    Ao contemplar absorvido o olho daquela xoxota lacrimejante, ele encontrou-se perdido em definitivo. O coração disparado, o metabolismo tomando ciência de que a única opção era aceitar que não havia opção.

    Daquele buraco negro possivelmente impenetrável em sua totalidade, emanou uma vibração visceral, feromônica e retumbante, um aroma sem cor que por todos os poros ecoou: “Decifra-me ou devoro-te! Decifra-me ou devore-se! Decifra-me e devoro-te!”

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