Dados da hora: No âmbito nacional, com toda sua festiva imagem cordial a Bahia caiu da sexta para a oitava posição na economia nacional. O PIB per Carpita é de R$ 11.340,18, o que a coloca na parte de baixo de uma relação de rivalidade que por vaidade ela procura evitar (com Sergipe cujo PIB é de R$ 12.536,45) e de uma rivalidade que por muita vaidade ela não consegue evitar (com Pernambuco que tem um PIB de R$ 11.776,10). Não vale dizer que foram os gastos com as festas populares que promoveram essa queda (pelo menos não o foram com as festas abertas ao populares).
Já no âmbito planetário, quem possui valores iguais ou superiores a um milhão e seiscentos mil reais está mais empoderado do que 6 bilhões e 930 milhões de pessoas, do total de 7 bilhões que se arrastam pelos quatro cantos do globo. Em outras palavras, quem sustenta esse valor está dentro do clube do 1% dos mais ricos do planeta. Entretanto, vale ressaltar que dentro desse clube, apenas 50% (cerca de 32 milhões de humanos) são considerados "realmente" ricos, e, entre esses últimos se encontram os 161 poderosos chefões que controlam as 140 corporações transnacionais que fazem o mundo girar sem cinto de segurança e sem air bag nessa atual (e crescente) velocidade vertiginosa.
E mais, de acordo com dados divulgados pela BBC, o Brasil é o 4º país do planeta em recursos escamoteados em paraísos fiscais, colado em outros BRICS:
"O estudo lista os 20 países onde há maior remessa de recursos para contas em paraísos fiscais. No topo da lista está a China, com US$ 1,1 trilhão, seguida por Rússia, com US$ 798 bilhões, Coréia do Sul com US$ 798 bilhões, e Brasil, com US$ 520 bilhões".
Afogados nesses números aqui estamos nós buscando mais do que uma política econômica, uma filosofia da economia que aponte aonde investir o que possuímos de confiança na sustentabilidade desse ou de algum sistema que possa ser especulado como viável. Enquanto isso, não é de admirar que fundamentalismo político e religioso, consumo de drogas lícitas e ilícitas, manifestações de sexualidade anticonvencionais, esportes extremos, violência generalizada, relações afetivas em grande parte virtuais e outras modalidades espetaculares de consumo cresçam e cresçam.
Imagem: Francis Picabia - Villica Safe