Uma palavra mordeu minha língua, escorregou da minha boca, caiu rodopiando e fraturou meu pé paralisando meus movimentos, exaurindo minha postura de Curupira, mutilando meu calcanhar de Aquiles.
Uma ideia escapuliu da minha cabeça, gerou discussões sem fim, dispôs Caim contra Abeu e reinventou a roda ao reacender o fogo primordial das relações entre diferentes.
Um sentimento vazou do meu coração, resvalou em corpos lubrificados pelo suor, ricocheteou em afetos ocultos no calor das emoções e deu muito trabalho aos psicólogos.
Um gesto foi ejaculado da existência, rompeu limites ideológicos antes impenetráveis, ressignificou preconceitos complacentes enraizados no concreto das cidades e morreu nas palavras derramadas nesse texto.
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