segunda-feira, 28 de maio de 2012

O eterno retorno

Cerca de 2400 anos atrás, os gregos, não necessariamente usando os métodos espartanos, mudaram os caminhos do mundo ao buscar unificar costumes e valores  com o desígnio de uma República ideal - a luz encontrada pelos homens ao deixar a Caverna. Agora, mais uma vez os gregos estão mudando o curso da história desunificando, inicialmente, a suposta República da Europa na configuração de sua economia política – agora os homens percebem que a  escuridão também existe do lado de fora da Caverna.
Talvez Nietzsche chamasse essa guinada de “Eterno retorno”, talvez Alfred Newman (o filósofo imortalizado pela Revista Mad) chamasse de “A volta dos que não foram”, talvez não chamassem de nada e estejamos simplesmente vivendo o presente contínuo, inominável, no qual os dados ainda estão rolando e não se sabe quem pode se sentir vencedor ou perdedor, sob a luz ou em plenas trevas. Talvez a pretensão de desenhar uma república ideal mostre que os antigos gregos não eram tão realistas - ou pelo menos a interpretação platônica dos diálogos socráticos não  era tão iluminada. Talvez...


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