quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Politika


   

    Política. Essa é uma palavra que no sentido dominante acaba sendo associada à arte de transformar o impossível em um ato de fé, na maioria das vezes fé cega. Na cidade de Salvador essa arte chegou ao requinte de no arriar das cortinas do ano de 2011, mais precisamente no último dia de trabalho oficial, alguns vereadores aprovarem algumas modificações na LOUOS direcionada ao PPDU da Copa 2014 que beneficiariam o município em dose muito inferior ao que a boa fé nos representantes públicos pode supor. Entretanto, num efeito bumerangue, a arte de transformar o impossível em fé cega cegou esses próprios senhores ao ponto de acreditarem que poderiam levar o sol das praias do município para suas próprias praias físicas e fiscais. Pois bem, agora é aguardar pelo tsunami que tem potencial para ser tão marcante quanto às águas que afogam algumas cidades do sudeste do país nesse princípio de ano. A arte que sustenta a política dominante deveria se basear no ensinar a população a nadar contra as marés de dificuldades socioeconômicas ao invés de afogá-la num mar artificial de interesses a beira do qual os sobreviventes  vão tendo cerceados o direito de um lugar ao sol para secar... 


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