Nesse circo cotidiano,
nem Beagles nem Beatles. Quando cursava
Psicologia eu passei por aulas de
fisiologia IV nas quais era lugar comum q os professores esmagassem conexões nervosas
de rãs para vê-las, parcialmente paralisadas, se movimentarem apenas com um
lado do corpo - às vezes alguns alunos eram levados a reproduzir tal
procedimento - ou aplicassem injeções em olhos de coelhos para q esses,
catatônicos, tivessem seus reflexos testados sem oferecer resistência.
Passadas quase três décadas, lembro q certo dia, num momento de rebeldia, entrei no "depósito" de animais e abri as gaiolas de vários coelhos (pelo menos vinte) esperando q eles fugissem do cativeiro, mas nenhum deles se mexeu em função das drogas administradas e tb pela acomodação de nascença naquela zona de (des)conforto. Fiquei frustrado, corri o risco de ter sido expulso, mas não me arrependi.
Hoje, ao ver pessoas fazerem algo semelhante, me sinto bem representado, guardadas as devidas proporções. Se experimentações precisam ser feitas q haja bons argumentos para legitimá-las, e q se evite o sofrimento pelo sofrimento. É preciso sustentar princípios éticos para correr atrás de fins supostamente objetivos. O circo cotidiano não pode parar, mas não precisa ser reduzido ao show de horrores.
Passadas quase três décadas, lembro q certo dia, num momento de rebeldia, entrei no "depósito" de animais e abri as gaiolas de vários coelhos (pelo menos vinte) esperando q eles fugissem do cativeiro, mas nenhum deles se mexeu em função das drogas administradas e tb pela acomodação de nascença naquela zona de (des)conforto. Fiquei frustrado, corri o risco de ter sido expulso, mas não me arrependi.
Hoje, ao ver pessoas fazerem algo semelhante, me sinto bem representado, guardadas as devidas proporções. Se experimentações precisam ser feitas q haja bons argumentos para legitimá-las, e q se evite o sofrimento pelo sofrimento. É preciso sustentar princípios éticos para correr atrás de fins supostamente objetivos. O circo cotidiano não pode parar, mas não precisa ser reduzido ao show de horrores.
Imagem: Miquel Barceló - Somália 92
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